Culpado ou inocente?
Não podemos dizer que a vida funciona como mera coincidência quando acreditamos que somos capazes de fazer distinções de coisas, pareceres e opiniões. Somos seres formados em uma sociedade que nos ensina e nos condiciona a fazer tais distinções.
Percebemos num certo momento de nossas vidas que as coisas não saíram como esperávamos e então resolvemos colocar a culpa num tal de destino. Esse, coitado, não faz ideia das culpas que carrega e das perversidades das quais é culpado. Tudo está relacionado com simples escolhas que fazemos e com a atenção que damos ou não às coisas que nos interessam. Fico perplexa só de pensar que o pobre coitado nem ao menos tem a chance de se explicar ou de se desculpar como realmente se espera de alguém que comete tantos erros - o pobre está ocupado demais sendo condenado aqui e acolá. Pensando bem...ele pode realmente ter sua parcela de culpa em questões inexplicáveis.
Nesse exato momento, até eu mesma estou me perguntando qual é o real significado dessas palavras. Estou pensando na vida e no que ela representa para cada ser, seja qual for. O ser humano em especial tem a capacidade e a habilidade de reconhecer e escolher cominhos que o levarão para um futuro cheio de mistérios e consequências. Qual é, afinal, a fórmula da sabedoria, já que achamos sempre que o outro é capaz de nos aconselhar de maneira mais correta do que nós mesmos somos?
Um horário, um atalho, um caminho, um lugar...tudo nos leva ao que realmente interessa. É para lá que estamos indo...trilhando nossos próprios destinos, aquele que construímos com nós mesmos, com as nossas convicções e certezas de que tudo ficaria bem no final. Não pense que não chegaremos no mesmo lugar. É para lá que caminhamos. Para a mesma linha de chegada. Cegos. Eufóricos. Condenados a acreditar que nada mais importa além de nós mesmos.
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